Curso de Engenharia Civil promove bate-papo sobre barragens
Um bate-papo com o tema “A engenharia por trás de Brumadinho” foi realizado na Faculdade Metodista Granbery, na última segunda-feira, dia 08 de abril, com os alunos do curso de Engenharia Civil. Os convidados para falar do assunto foram: o soldado do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Matheus Silva, que ajudou no resgate das vítimas da tragédia que ocorreu em janeiro, a professora e engenheira civil, Julia Righi, e o coordenador dos cursos de Engenharia Civil e Sistemas de Informação da FMG, Carlos Alberto Reis.
A professora Julia apresentou os tipos de barragens, a quantidade, suas classificações no Brasil e como são executadas as barragens de rejeitos industriais no país. Além de explicar como foi construída a do córrego do Feijão, em Brumadinho. Os mecanismos de acidentes (liquefação e Piping), as soluções para que possam ser evitados e os fatores de segurança, foram abordados pelo coordenador do curso, que apontou a diferença entre a teoria e como aconteceu na prática, caso do córrego do Feijão. “Foi possível mostrar as deficiências das barragens brasileiras (a maioria não classificadas e registradas), o que ainda temos que evoluir na normatização e mecanismos de acidentes e a política envolvida no assunto”, complementa Carlos.
O soldado Matheus compartilhou os momentos de tensão que viveu ao resgatar as vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho. Destacou a força das pessoas voluntárias junto a eles, o desespero das pessoas que perderam pessoas nesta tragédia e a organização e sacrifício das equipes que se esforçaram para resgatar o maior número de pessoas possíveis. Para o coordenador do curso de Engenharia Civil, foi um relato muito importante, pois mostrou como é catastrófico o rompimento de uma barragem e todo o lado humano por trás de uma estrutura desta magnitude.