Professor da Faculdade tem projeto de pesquisa aprovado pela FAPEMIG
O professor do curso de Direito da Faculdade Metodista Granbery (FMG), Leonardo Alejandro Gomide Alcántara, teve o projeto de pesquisa intitulado “Direitos, cidadania e desenvolvimento socioeconômico em assentamentos urbanos" aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG).
Leonardo explica que a ideia do projeto surgiu em meados de 2013 a partir do desdobramento de uma iniciação científica financiada pelo Granbery. “O objetivo inicial foi desenvolver pesquisas sobre os programas habitacionais em Juiz de Fora e seus conflitos socioambientais. Posteriormente, já delimitando quatro assentamentos urbanos para pesquisa de campo, o projeto foi aprovado pela FAPEMIG, em 2014. Após trâmites burocráticos, a pesquisa inicia com recursos externos (FAPEMIG) e internos (Granbery), em 2016. Neste ínterim foram realizados estudos continuados, reconhecimento de campo e publicações de artigos científicos. Com o escopo ampliado, parcerias externas e equipamentos próprios, a pesquisa com interface extensionista, desenvolve ampla cartografia socioambiental sustentada por pesquisas documentais, entrevistas e vivências de campo realizadas nos bairros Caiçaras, Nova Vida, Nova Germânia e Parque das Águas”.
Segundo o professor, a aprovação de um projeto de pesquisa em uma instituição federal é considerada uma grande conquista tanto para o professor quanto para a faculdade. “As instituições de fomento à pesquisa em geral, e especificamente a FAPEMIG, são muito criteriosas para aportarem recursos financeiros em projetos, exigindo cumprimento rigoroso de edital público, com a aprovação de proposta que se apresente plenamente exequível e pertinente academicamente. Em regra, é exigido título de doutor do professor proponente e amplo apoio institucional para o mesmo, o que o Granbery atendeu prontamente”, ressalta.
Leonardo ainda complementa destacando que “é muito raro ver instituições particulares de ensino aprovarem projetos de pesquisas com financiamentos públicos, pois há pouquíssimo investimento neste sentido no setor privado de ensino, como contratação de professores doutores, apoio institucional com bolsas, estrutura física adequada, entre outros fatores. Não apenas os projetos de pesquisa, mas as extensões acadêmicas aprovadas em editais públicos são igualmente raras”.
Do projeto de pesquisa resultaram vários trabalhos, como: o documentário de 12 minutos “[Des]integração”, selecionado na categoria “Mostra Regional” no "Festival 1º Plano”, de 2018, e apresentado na 43ª ANPOCS, em 2019. Além de vários artigos científicos publicados e organizado material para publicação de um livro posteriormente. “Os resultados deste trabalho, considerando os percalços e desafios inerentes às pesquisas que lidam com conflitos ambientais e urbanos, podemos dizer, foram muito satisfatórios. Tanto a parte audiovisual produzida, quando o que pôde ser redigido com os dados da pesquisa, "a cartografia socioambiental", apresentaram muita qualidade. Por sua vez, na extensão acadêmica, obtivemos resultados mais limitados dentro do proposto em razão dos desafios que se apresentaram, mas que trouxeram também muito aprendizado. O que se pode dizer, de uma forma geral, é que o caminho trilhado com a pesquisa formou um arcabouço de informações muito promissor para novas pesquisas e para o uso público”, finaliza.
Confira aqui o documentário e a cartografia socioambiental.