ALUNOS DO COLÉGIO VÃO À CONFERÊNCIA SOBRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
por Lilian
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última modificação
26/11/2015 14h07

Os alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Metodista Granbery, Hu Cambraia e Matheus Péricles, participaram da VII Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que aconteceu entre 25 e 27 de maio, em Juiz de Fora.
O tema foi “Política e Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes” e o evento iniciou-se com palestra magna do sociólo Rudá Ricci. O objetivo foi introduzir os jovens aos seus direitos na sociedade, discutindo temas como a redução da maioridade penal, medidas socioeducativas a menores infratores, abuso sexual e exploração infantil.
Matheus conta que tinha uma ideia totalmente diferente a respeito da redução da maioridade penal: “Eu era a favor, mas lá [na conferência] foram apresentados argumentos que mudaram totalmente minha opinião sobre o assunto”.
Reunidos com alunos de escolas públicas da cidade, Hu e Matheus contaram que foram os únicos alunos da educação privada a participar da conferência: por iniciativa própria, e com o incentivo da mãe de Hu, Olívia Cambraia, pediram autorização e auxílio do Granbery para que fosse possível a participação deles no evento.
Divididos em grupos, puderam discutir a respeito dos temas sugeridos, ouvir outras opiniões e, ao final, elaborar propostas de aprimoramento das leis que regem o Estatuto da Criança e do Adolescente, e novas ideias para melhorar a vida social dos jovens e sua consciência como cidadãos. A proposta de Hu e Matheus sugeria uma introdução à política nas escolas: “Nós podemos votar aos 16 anos, mas não sabemos de fato como e por que fazer isso. Nunca nos ensinaram e acabamos sofrendo influências em nossa decisão”, diz Hu.
Para eles a experiência de participação ativa foi mais que uma troca de informações, uma forma de fortalecer seus conhecimentos a respeito das políticas públicas destinadas aos jovens. “O que mais marcou foi o fato de os outros alunos participantes suporem que nós não tínhamos porque estar ali, por sermos de escola particular, ‘privilegiados’, mas ali era uma conferência de luta pelos direitos da criança e do adolescente, não de classe social”, relatou Hu. Já Matheus, reparou a grande quantidade de adultos presentes (maior que o número de jovens) e lidou diretamente com muitas opiniões: “Eu fui relator dos debates e discussões e pude ouvir a opinião de todo mundo, todas as divergências entre elas. E foi muito bom para mim, eu aprendi muito com essa conferência”, concluiu.